Candidato Sandra Amaro

IL

Sandra Amaro

Apresente o concelho em 10 palavras.

Diverso, histórico, apaixonante, seguro, doce, eterno, acolhedor, natural, tranquilidade e património.

Se for eleito(a) quais as principais prioridades?

As principais prioridades para a Iniciativa Liberal de Alcobaça são: a revisão de protocolos de transferência de competências para as Juntas de Freguesia, porque acreditamos que as freguesias devem ter maior autonomia para poderem resolver os seus problemas diários sem estarem dependentes de aprovação em Assembleia Municipal; promover maior disponibilidade de habitação, porque sem habitação não é possível fixar população no nosso concelho; descentralização das Assembleias Municipais para que exista pelo menos uma em cada freguesia, por mandato; transmissão online das assembleias municipais e das reuniões públicas da câmara, para que a população do concelho tenha mais acesso a estes momentos da política local; criar a figura de Provedor do Munícipe para que a população reconheça o sitio onde pode dirigir queixas e criar o Gabinete de Qualidade para que os processos da câmara sejam analisados e melhorados de maneira a diminuir tempos de espera, diminuir burocracia e tornar a relação entre câmara e munícipe mais eficiente.

Para quem é que não quer mesmo perder?

Para a abstenção. A candidatura da Iniciativa Liberal de Alcobaça pretende, acima de tudo, que as pessoas participem na vida política, mesmo que seja apenas a exercerem o seu direito de voto. Não votar é deixar espaço para que quem não queremos no poder se apodere dele. Ou seja, quanto menos pessoas votarem, maior a probabilidade de ideologias políticas nas quais não nos revemos ficarem no poder. Depois, a sociedade segue um caminho que não queremos. Deixarmos que isto aconteça é deixarmos definhar a nossa democracia. Todos temos o direito (que é um dever) de votar, portanto, queremos que votem!

Que soluções propõe para mitigar a erosão costeira nas praias do concelho?

A erosão é um processo natural e, como tal, está constantemente a acontecer. Na zona costeira do nosso concelho (Alcobaça) existem alguns locais claramente em erosão, outros com risco elevado de erosão e outros com risco menor. Nalguns locais, o que é imperativo fazer é não permitir que sejam construídas edificações e noutros locais é necessário realizar pequenas obras de engenharia para mitigar o poder erosivo das ondas do mar. Agora, aquilo que não podemos fazer é gastar milhares de milhões de euros dos nossos contribuintes em grandes obras de engenharia para impedir um processo natural, o qual vai sempre acabar por acontecer. Se há dinheiro para fazer essas grandes obras, então também haverá dinheiro para melhorar o acesso à saúde, educação e transportes públicos, que são a nossa prioridade.

O que não suporta no seu município?

A falta de transparência e o facto de a população não poder ter uma voz ativa, nem ser consultada. Exemplo disso foi todo o processo da Linha de Alta Velocidade (LAV) em que o município esteve envolvido desde que o projeto foi reativado, mas nada transmitiu à população. Inclusive, a Iniciativa Liberal de Alcobaça, ao saber que o troço entre Porto e Soure já tinha sido aprovado, questionou o executivo sobre o ponto da situação do projeto no concelho e nunca obteve resposta. A falta de envolvimento das populações locais em grandes projetos que impactam a região ou em projetos com dinheiro público a ser aplicado nas suas localidades não pode continuar.

Descreva um dia perfeito sem sair das fronteiras concelhias...

Ver o amanhecer da Serra, trabalhar com as pessoas da terra e terminar o dia na praia. Melhor que isto, não sei.

Conte-nos algo sobre si que poucas pessoas saibam...

Eu sou formada em Geologia e trabalho em geologia, mas quando estava no secundário, estudei economia. Ou seja, até eu iniciar o 12º ano queria, e tinha tudo, para ser uma gestora ou economista formada na melhor universidade pública portuguesa (felizmente, a média de entrada não era problema). Mas… pouco depois de ter iniciado o 12º ano, percebi que o que eu queria mesmo aprender na universidade não tinha nada que ver com ciências económicas, mas sim com ciências naturais. Deste 12º ano até à minha área atual, o caminho não foi direto, aliás, acabei por escolher geologia um pouco por exclusão de partes e uns anos mais tarde, mas definitivamente, aquilo que eu realmente queria naquele 12º ano era perceber como é que o mundo, o planeta, funciona. Foi na geologia que o consegui.