PS
Mar, tradição, pescadores, Berlenga, rendas, história, futuro, oportunidades, comunidade, terra
As minhas prioridades são as mesmas preocupações que ouço todos os dias quando ando pela rua e falo com as pessoas. Primeiro, temos de cuidar melhor de quem cá vive: mais médicos de família, habitação a preços que não obriguem os nossos jovens a emigrar, e escolas preparadas para o futuro dos nossos filhos. Depois, temos de valorizar o que é nosso - o mar, a pesca, as nossas tradições - mas sem ficar parados no tempo. Quero criar o Museu do Mar que Peniche merece, apoiar os nossos pescadores com a marca "Peixe de Peniche", e fazer da nossa ligação ao oceano uma fonte de emprego e orgulho. E não posso esquecer o dia a dia: estradas em condições, recolha de lixo eficiente (especialmente nas zonas turísticas), apoio real às associações que fazem a vida da nossa terra, e uma Câmara que funcione sem burocracias desnecessárias. Nos primeiros 100 dias, vamos ter um plano de pavimentação pronto para 2026 – priorizando as vias com maior necessidade de intervenção
Não quero perder para os nossos jovens que se veem obrigados a sair da terra porque não encontram oportunidades. Cada vez que vejo um rapaz ou uma rapariga com talento e vontade de trabalhar a ter de ir embora porque aqui não há condições, dói-me no coração. Também não quero perder para os nossos pescadores e para toda a gente que vive do mar. também não quero perder para os nossos agricultores, que produzem produtos de qualidade. Eles são a alma de Peniche, guardam tradições que vêm de séculos, e merecem todo o apoio para continuar a fazer o que sabem melhor. E não quero perder para as famílias trabalhadoras que todos os dias lutam para ter uma casa digna, para os pais que querem o melhor para os filhos, para os nossos idosos que construíram esta terra e merecem envelhecer com dignidade. Basicamente, não quero perder para ninguém que ame o concelho de Peniche como eu amo.
O mar de Peniche é um tesouro que ainda não exploramos completamente! Temos o SmartOCEAN, que pode ser um verdadeiro motor de inovação - imagine empresas de tecnologia marinha, investigação, aquacultura sustentável, tudo isso pode gerar empregos qualificados para os nossos jovens. O turismo náutico tem um potencial enorme - desportos aquáticos, passeios de barco, turismo de observação da natureza na Berlenga. Podemos criar a "Bienal do Mar", um evento que mostre ao mundo tudo o que sabemos fazer: construção naval, gastronomia do mar, tradições marítimas. E depois há a biotecnologia marinha, as energias renováveis do mar, a aquacultura... Temos condições únicas! O importante é fazer isto sempre respeitando o ambiente e envolvendo quem cá vive. Não queremos um desenvolvimento que nos seja estranho - queremos crescer mantendo a nossa identidade.
Não suporto ver potencial desperdiçado. Temos uma localização fantástica, um património incrível, pessoas trabalhadoras, e às vezes parece que não aproveitamos isso como devíamos. Também me custa ver burocracia desnecessária - quando alguém quer investir, criar um negócio, ou simplesmente resolver um problema simples na Câmara e tem de andar às voltas durante meses.. Temos que resolver ! E não posso aceitar que haja pessoas a passar dificuldades quando temos recursos e capacidade para ajudar. Seja um idoso sozinho, uma família sem casa digna, ou um jovem sem oportunidades - numa comunidade como a nossa, temos de cuidar uns dos outros. Por último, não suporto quando se fala de Peniche só como "aquela terra da pesca" ou "aquela praia para surfistas". Somos muito mais que isso! Temos história, cultura, inovação, futuro. Merecemos ser reconhecidos por tudo o que somos e podemos ser.
Acordar cedo e dar uma caminhada pela marginal, ou à beira mar ver o mar acordar e os primeiros barcos a sair. Depois, um café junto à praia, a conversar com amigos ou com quem encontrar - é assim que se sente o pulso da terra. Ao almoço, peixe fresco num dos nossos restaurantes - porque a nossa gastronomia é das melhores do país e o nosso peixe do melhor do mundo!! À tarde, o mais importante: tempo para brincar com o meu filho, que nasceu durante a campanha de há 4 anos. Ver o mundo pelos olhos dele, mostrar-lhe as praias onde brinquei quando era pequeno, ensinar-lhe a amar esta terra como eu amo. Depois, dava um salto à Berlenga (se o mar deixasse!) ou então aos nossos campos, a ver os produtos da terra que são únicos. Ao final do dia, assistia a um espetáculo no fosso das muralhas – música ou uma das nossas festas tradicionais. E terminava a noite a ouvir histórias dos mais velhos e a planear o futuro com os mais novos. Isto é Peniche - tradição e modernidade, mar e terra, passado e futuro, família e comunidade, tudo no mesmo lugar!
Poucas pessoas sabem que, apesar de toda a minha experiência em gabinetes governamentais e cargos técnicos, o que mais me marca são as conversas simples que tenho na rua. Posso ter trabalhado com Secretários de Estado e ter formação em Auditor de Defesa Nacional, mas aprendo mais numa conversa de café com um pescador com pessoas das nossas aldeias, ou num jogo de sueca numa das muitas associações do nosso concelho. Também há quem não saiba que, sempre que posso, gosto de andar pelos nossos campos e pela nossa costa, não como político ou técnico, mas simplesmente como alguém que ama esta terra. É aí que encontro as melhores ideias e que percebo realmente o que Peniche precisa. E uma coisa que poucos sabem: por mais responsabilidades que tenha tido ao longo da vida, continuo a acreditar que as melhores soluções nascem quando juntamos pessoas diferentes à volta de uma mesa, com vontade de trabalhar pelo bem comum. É essa simplicidade na relação com os outros que me move - porque no fundo, política é isso mesmo: pessoas a cuidar de pessoas.